Geral - 29/01/2015

Desafios

O ano de 2015 se delineia pródigo em dúvidas e questionamentos sobre os rumos das situações política e econômica do País, com as suas inevitáveis decorrências para os governos estaduais e municipais.

Consequência da desastrosa orientação econômica na gestão federal findada em dezembro passado, onde a proposta keynesiana de economizar nos tempos de fartura para garantir o sustento na escassez - "política da formiga" - foi, na prática, substituída pela corruptela de "gastar mais nos tempos de escassez, sem nunca poupar na fartura", é notório o crescimento dos índices inflacionários e o descrédito do Brasil junto aos investidores internacionais.

Para arrumar a casa e restabelecer a estabilidade fiscal, a atual equipe econômica partiu para o que era de se esperar: cortar gastos e aumentar impostos, ficando o ônus (mais uma vez) nas costas da população economicamente ativa. Já foram anunciadas algumas maldades: "flexibilização de direitos trabalhistas e previdenciários, cortes até mesmo nos recursos da educação da "pátria educadora", criação e aumento de impostos (com aumento da gasolina e outros derivados, quando os preços caem nos países mais estruturados, face à queda do preço do petróleo!) e veto na correção da tabela do Imposto de Renda. É possível, ainda, que a Presidente da República postergue a sanção da lei aprovada pelo Senado, em novembro passado, que reduz a dívida que a cidade de São Paulo tem com a União, com possível prejuízo da esperada elevação da capacidade de investimentos da Prefeitura.

Para a parcela trabalhadora e produtiva da população, um recado curto e grosso do Governo Federal: enfrentaremos meses de "contração" (sofisma para "recessão"; em bom português, expectativa de alta de inflação e arrocho).

É nesse contexto que a APROFEM apresenta suas propostas e estratégias de atuação, na defesa das conquistas e da integridade profissional de seus filiados. Consultando seletivamente o conteúdo deste Portal, o leitor atento constatará a seriedade desse compromisso.

Da resistência em aceitar a implantação da remuneração por subsídio sem uma negociação de fato, ao compromisso de esclarecimentos frente ao fato consumado; do compromisso em restabelecer, com regularidade e seriedade, as reuniões das Mesas de Negociação do SINP; da expectativa em estabelecer diálogo propositivo com o novo Secretário Municipal de Educação e com os demais interlocutores credenciados pelo Prefeito, com a expectativa de um natural tratamento respeitoso e isonômico frente às Entidades Representativas; da sinalização de que não aceitaremos, inertes, assistir recair sobre os já injustiçados servidores municipais o peso da responsabilidade e os efeitos dessa política perversa, com evidências de descarado assistencialismo já ao longo de várias gestões, comprometendo recursos financeiros destináveis  recomposição salarial digna dos servidores municipais ativos, aposentados e pensionistas.

Esses são os nossos compromissos frente aos desafios que se apresentam. Que o sentimento "como eu posso contribuir com a Entidade para conquistar o que reivindicamos?" prepondere frente ao recorrente bordão: "o que a Entidade pode fazer por mim?".