Geral - 23/07/2010

Afronta aos Servidores Municipais

Recente matéria publicada na revista Época desvela constatações gravíssimas e que não se constituem em surpresa para o cidadão razoavelmente informado: de cada R$ 4 enviados pelo governo federal, R$ 1 (ou 25%) não chegou às escolas - ou foi gasto de forma irregular que não permite a verificação de sua aplicação.

O levantamento, feito por amostragem em 59 prefeituras de cidades brasileiras, revela os principais "ralos" por onde esses recursos desaparecem:

  • fraude e fuga de licitação (é a prática que mais drenou recursos);
  • falta de prestação de contas;
  • serviço pago e não executado;
  • superfaturamento;
  • desvios para outras áreas.
Tal constatação só reforça e justifica ainda mais a posição histórica da APROFEM em exigir, no âmbito da Prefeitura da Capital:

  • aparelhamento e adoção de regulamentação que assegure o pleno e eficaz funcionamento de Conselhos Fiscalizadores e assemelhados: do FUNDEB, do HSPM, da Alimentação Escolar, dos serviços de Saúde, da Assistência Social etc.;
  • reversão da terceirização na alimentação escolar, nos serviços de limpeza e vigilância, e nos serviços de saúde;
  • revisão da Lei Orgânica, acabando com a destinação de recursos da Educação para fins assistencialistas e estranhos à própria Educação;
  • maior transparência nas licitações - realização on-line, para dificultar o direcionamento de contratos; anúncio de todas as compras da Prefeitura em pregão eletrônico, favorecendo a participação de todos os interessados.
Afinal, são bilhões de reais destinados aos serviços essenciais da população e que, pela amostragem e pelo noticiário recente, têm sua aplicação posta em dúvida.