Geral - 23/06/2010

Fraudes nos recursos da educação

Publicado no Jornal APROFEM - Maio/Junho 2010

No dia 14/05, toda a imprensa noticiou a morte de um bebê de sete meses no interior de um CEI (creche) da rede municipal de ensino.

O enredo se repete: o sensacionalismo da mídia; a compreensível dor dos pais, responsabilizando a prefeitura e clamando por justiça; a indefectível nota oficial, anunciando a apuração dos fatos.

Por imperativo legal, inclusive, é natural que se apure as circunstâncias em que ocorreu a fatalidade e eventuais responsabilidades.

De outro lado, a ótica sob a qual abordaremos o fato recorrente, é aquela presente no dia a dia da Entidade enquanto defensora dos direitos de seus representados e da preservação da sua integridade e imagem profissional:

  • os educadores municipais convivem, diariamente, com milhares de crianças e jovens. Desempenham suas atividades com denodo e dedicação, não obstante as adversidades com que se deparam, constantemente.
  • as classes, turmas e grupos, normalmente superdimensionados apesar dos protestos e argumentos dos educadores e da APROFEM, não fazem com que o ânimo desses dedicados servidores municipais se arrefeça.
  • o reconhecimento desse trabalho inexiste, quer por parte das autoridades, quer por parte de parcela significativa da população.
  • por sinal, alguns personagens que se autoproclamam defensores dos interesses do povo e, a esse pretexto, desenvolvem insidiosa campanha de estigmatização negativa dos servidores, em especial dos professores do ensino público.
Para o bem desse universo de crianças e jovens, bem como de seus dedicados educadores, urge que se proceda a um movimento visando a reversão dessa tendência, envolvendo autoridades e a população, para que os servidores públicos sejam respeitados e preservados na sua atuação e as famílias cumpram o papel constitucional previsto na formação de seus filhos.