Geral - 28/01/2013
Editorial Jornal APROFEM - Janeiro/Fevereiro 2013
As coisas já se afiguraram diferentes com o inédito e histórico comparecimento no período pré-eleições, à Sede da APROFEM, dos principais candidatos à cadeira de Prefeito da Capital. Todos tiveram oportunidade de expor seus programas e, além de ouvir, levaram documento contendo as reivindicações da Entidade.
Logo no início da gestão do prefeito eleito Fernando Haddad, a APROFEM recebeu a também inédita e honrosa visita do prof. Cesar Callegari, Secretário Municipal de Educação. Para além do pertinente simbolismo político e logístico da visita, pode o sr. Secretário discorrer sobre os propósitos e desafios da sua missão: acomodar a demanda não atendida de crianças e buscar a educação de qualidade, sem descurar da valorização dos Profissionais de Educação - síntese da pré-anunciada plataforma de atuação do prefeito Haddad, na área da Educação.
Conhecido e respeitado profissional, tradicional palestrante nos Congressos da APROFEM, o agora Secretário Cesar Callegari é uma das maiores autoridades em legislação educacional, mormente de seus recursos e conselhos de acompanhamento/fiscalização (FUNDEB), e na estruturação de seus sistemas. De diálogo fácil e posicionamento transparente e objetivo, Callegari poderá empreender eficiente gestão, se lhe forem asseguradas as condições e o apoio para tanto.
As demais Secretarias e as Subprefeituras serão contactadas pela APROFEM, na busca por diálogos semelhantes e que possam resultar em atendimento às expectativas dos servidores municipais da Capital. Os vereadores da Câmara Municipal e o IPREM serão acionados, no que couber, com as mesmas finalidades.
O contraponto ficou por conta da recente decisão do Prefeito de congelar 12% do orçamento municipal de 2013 (R$ 5,2 bilhões), com "... a ordem de tocar apenas obras que tenham dinheiro reservado em caixa ou sejam consideradas prioridades, especialmente nas áreas da Saúde e Educação". (Estadão, 15/01/2013, C1).
As reivindicações da APROFEM, amplamente divulgadas, serão debatidas e defendidas pelos representantes da Entidade junto aos interlocutores do Governo Municipal, em diálogos objetivos nas instâncias que se fizerem necessárias. O aceno com um crédito de confiança à uma gestão que se inicia, com um programa de governo julgado consistente nas urnas eleitorais, deverá preceder e balizar as nossas ações, mantendo, contudo, o funcionalismo municipal permanentemente mobilizado para a adoção de outras estratégias, se restarem frustradas as expectativas emergenciais da categoria.