Geral - 10/10/2016

Sinal de alerta

O assunto que mais deve afligir o trabalhador brasileiro,na atualidade, é o que diz respeito às reformas anunciadas pelo governo federal: PEC 241, PLC 257, Reformas Previdenciária e Trabalhista.

O mantra, repetido à exaustão, é de que, para se procurar tirar o Brasil da "draga" econômica a que foi reduzido pela incompetência e/ou má-fé de tantos, com reflexos diretos como o altíssimo nível de desemprego, indícios crescentes de caos social e perda de credibilidade interna e externa, as mencionadas reformas fazem-se "necessárias para restabelecer a confiança dos investidores. Sem essas providências não se colocará a economia na rota do crescimento".

A APROFEM rende-se ao diagnóstico: nosso País está gravemente enfermo e necessita recuperar-se, em benefício da sua sofrida população. No entanto, discorda frontalmente dos remédios sugeridos: facultar a redução dos recursos destinados à educação e saúde, nos âmbitos federal e estadual, sob o pretexto de estabelecer-se teto para os gastos públicos; penalizar a massa trabalhadora (e os servidores públicos, em especial), condenando-a a uma vida de trabalho sem maiores perspectivas de usufruto saudável da aposentadoria e afunilando o ingresso/permanência no campo do trabalho para os jovens e os idosos (com projeção de economia pífia de recursos, se comparada com outros ralos por onde escoa o dinheiro sugado da população através de impostos e taxas); ampliar e institucionalizar a terceirização da mão de obra, mais onerosa e que relega os trabalhadores à condição de descartáveis?

Esta edição do Jornal APROFEM traz um rol de ações desenvolvidas pela APROFEM, procurando contribuir para reverter esse estado de coisas: desde pugnar por mobilizações unificadas, por muitos questionadas na sua eficácia pela recorrente infiltração daqueles que se aproveitam do evento para reverberar chavões característicos do oportunismo político-partidário; incluir-se nas comissões que se propõem a intervir, juntos às autoridades do Executivo e Legislativo, para sensibilizá-las quanto ao equívoco que pode representar a implantação dessas mudanças; sugerir ação que envolva os servidores municipais e os alunos das UEs, para esclarecer didaticamente como as reformas poderão prejudicar a população produtiva, além da sua ineficácia para atingir o que se propõem; divulgar endereços eletrônicos e outras formas do(a) eleitor(a) fazer contato com os atuais deputados federais e senadores paulistas, pressionando-os para que não compactuem com essas medidas governamentais e que proponham alternativas que assegurem economia muito mais expressiva (contrariando interesses dos bancos e das camadas mais ricas do nosso extrato social).

Tudo o que aqui se apontou poderá render resultados positivos se pudermos contar com o apoio e a motivação dos nossos filiados, fazendo a sua parte: junto aos alunos e seus responsáveis, nas Unidades Educacionais; aos cidadãos usuários dos serviços públicos, nas demais Unidades Municipais; sugerindo a adoção dessas iniciativas, ou de iniciativas semelhantes, por parte de outras entidades municipais e estaduais também comprometidas com a preservação dos direitos de seus representados.

Prof. Ismael Nery Palhares Junior - Presidente