^{Editorial Jornal APROFEM - Jul/Ago 2017}

Chegamos ao segundo semestre com a devastadora convicção de que o grau revelado de devassidão ética e moral de tantos integrantes dos poderes constituídos e do empresariado atingiu níveis insuportáveis e vergonhosos. Aqueles que procuram preservar uma imagem de integridade certamente já constataram quão maculada resta a figura do sistema político, empresarial e até mesmo do sindical, por conta dos primeiros mencionados.

Os princípios de apartidarismo e independência da Entidade não nos constrange ao repudiar os expedientes utilizados por integrantes da máquina pública para procurar preservar o seu status, oferecendo cargos, verbas e outras benesses. Com a cumplicidade ou omissão da mídia, tentam manipular a consciência da população (eleitores), fazendo-a crer (ainda) na existência de "salvadores da pátria".

A Reforma Trabalhista já foi aprovada, não obstante nossos esforços em sentido contrário. Com a Reforma Previdenciária, a situação se afigura mais complicada para eles. A nossa resistência foi assimilada por parte da população (eleitores); esse fato, somado à complicada situação política decorrente da tentativa de obtenção de autorização da Câmara dos Deputados para que o STF julgue o atual ocupante da Presidência da República e da aproximação do período de eleições gerais, conta a favor dos que repudiam as alterações pretendidas nas regras da aposentadoria.

A possibilidade de fatiamento dessa Reforma ou até mesmo a temporária desistência da sua tramitação, hipóteses já aventadas e tratadas neste espaço do Jornal APROFEM, cada vez ganha mais consistência.

No âmbito municipal da Capital, a nova gestão modulou a oferta de factoides e concentra-se em procurar justificar a não realização de serviços em níveis satisfatórios, assim como a ausência de investimento na valorização de seus servidores e na construção de equipamentos mais do que urgentes (na Educação e na Saúde, principalmente), com o argumento recorrente da "herança maldita" recebida da gestão anterior: receitas superestimadas e despesas subestimadas.

A APROFEM, no âmbito do Fórum das Entidades Representativas e/ou isoladamente nas situações necessárias e justificadas, continuará atuando na defesa das conquistas dos seus representados.

Permaneçamos mobilizados!