Prefeitura distorce números e omite perdas da categoria: a verdade sobre os salários da Educação
 
A Prefeitura de São Paulo divulgou recentemente, em seu portal oficial, um texto exaltando um suposto reajuste de 5,2% para todos os Servidores Municipais e destacando avanços na valorização da Educação. No entanto, uma análise criteriosa revela que boa parte dessas informações é incompleta, distorcida e não reflete a realidade enfrentada pelos Profissionais da Educação.
 
Reajuste de 5,2%: abaixo da inflação e ainda por cima é parcelado!

O aumento anunciado pela Prefeitura será dividido em duas parcelas: 2,6% em maio de 2025 e 2,55% em maio de 2026. Isso significa que o reajuste integral só será recebido em dois anos, enquanto os preços de bens e serviços continuam subindo.
 
 
Segundo o Banco Central, no Boletim Focus, a projeção de inflação para 2025 já ultrapassa 4%, e para 2026 estima-se mais 3% de aumento. A inflação acumulada no período pode ultrapassar 7% ou 8%, enquanto o reajuste total será apenas 5,2%. Ou seja: o salário dos Servidores Municipais sofrerá nova perda real frente ao aumento do custo de vida.
 
Aumento de 45% para os professores? A REALIDADE É OUTRA!

A Prefeitura afirma que houve um “aumento” de 45% no salário inicial dos professores de 2021 a 2024. No entanto:
 
- Índice aplicado ao longo de 4 anos, foi apenas para os pisos iniciais, em forma de abono, sem incorporação às tabelas do Quadro dos Profissionais de Educação (QPE), o que distorce as carreiras, além de não ser aplicado à grande maioria que já ultrapassou o piso inicial.
 
Portanto, aumento real ZERO para a grande maioria, uma vez que apenas diminui o valor do abono até que se atinja o piso.
 
- Relembrando que, para a maioria dos Professores Ativos, os reajustes lineares foram de 2,16% em 2022, 5% em 2023 e agora 5,2% (parcelados até 2026), valores muito abaixo da inflação acumulada no período.
 
A verdade que a Prefeitura esconde:

A Prefeitura de São Paulo tenta mascarar a realidade dos Profissionais da Educação com dados seletivos e distorcidos. Nossa luta é legítima: não buscamos apenas salários justos, mas respeito e condições dignas de trabalho.
  
Pedimos a compreensão e o apoio de todos os pais e/ou responsáveis. Esta não é apenas a nossa luta: é a luta de todos que acreditam no poder transformador da Educação.
 
Estamos unidos em defesa do futuro de nossas crianças e jovens, pela dignidade da Profissão Docente e dos demais Profissionais da Educação, e pelo direito de todos a uma Educação Pública de qualidade. Convidamos vocês a abraçarem essa causa conosco, fortalecendo essa corrente de esperança e transformação.