Informativos - 04/06/2024
Com um início inspirador, evento destaca os desafios e horizontes de uma Educação em transformação
"Garantir uma transformação consciente, que não se distancie da vida, do aprender a ser, a conviver, a realizar, a criar e a se reconhecer!".
Com essas palavras, o Prof. Ismael Nery Palhares Junior, presidente da APROFEM, deu início ao XXVII Congresso APROFEM nesta terça-feira, 04/06, no Espaço Unimed, em São Paulo.
O evento teve como tema "Desafios e horizontes de uma Educação em Transformação" e contou com a presença de mais de 2.500 Profissionais da Educação da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, filiados à Entidade.
A primeira palestra do dia foi conduzida pela bela voz de Carmen Monarcha, cantora lírica. Além de encantar o público com canções carregadas de emoção, compartilhou seu amplo conhecimento sobre uso da voz.
"Voz é identidade, voz é conexão e voz é verdade." – Carmen Monarcha
Assim como em uma ópera, Carmem mostrou como na nossa vida são necessários vários atos para que possamos entender a origem da Voz, identificar suas ferramentas e usufruir de sua força. Que entender como produzimos a voz, sua relação com a respiração, postura e emoções, é fundamental para que possamos honrar nossa identidade, livrando-nos de gatilhos e bloqueios que possam gerar ruídos de comunicação e posicionamento social.
Por fim, também ensinou técnicas de respiração e outros movimentos que ajudam no uso da Voz, esse importante instrumento de trabalho dos Profissionais da Educação, de forma a preservar a saúde vocal.
Em continuidade ao evento, a Prof.ª Dr.ª Maria Inês Fini, criadora das Matrizes do SAEB e dos projetos do ENEM e ENCCEJA, apresentou a palestra “Desafios de uma Educação de qualidade para todos”. Sua reflexão abordou a necessidade de mudança no paradigma tradicional da educação nacional, fortemente impactado pela pandemia, que acelerou o futuro e trouxe desafios para a gestão, para a coordenação pedagógica, para os professores, famílias e, principalmente, para os alunos.
Em sua fala evidenciou a contribuição da BNCC para os currículos da educação básica e seus desdobramentos nas avaliações processuais diagnósticas e formativas, além dos necessários ajustes nos exames nacionais ENEM e ENCCEJA e na avaliação externa em larga escala, SAEB.
"A escola deve utilizar espaços diferentes, tempos diferentes de execução de projetos, mesclar atividades, pesquisas, lições de casa, estudos do meio, e muitas outras formas de ensinar e aprender e avaliar." - Prof.ª Dr.ª Maria Inês Fini
Logo após o intervalo para o almoço, a Prof.ª Dr.ª Guiomar Namo de Mello, membro do Conselho Estadual de Educação de São Paulo e do Conselho Municipal de Educação de São Paulo, abordou a temática “Educação Integral em Escola de Tempo Integral”. Sua longa trajetória na área da educação trouxe necessários questionamentos: “Se toda educação é integral, qual é o sentido da expressão no contexto atual? Tempo integral é o dobro de tempo parcial? Qual é a melhor duração da escola de todo dia?”. Sem a pretensão de trazer soluções definitivas, a Prof.ª Guiomar espalhou a semente dessa importante reflexão.
"Uma escola de apenas 4h, não é uma escola completa. Uma escola precisa de pelo menos 6 a 7 horas por dia para fazer um trabalho adequado." - Prof.ª Dr.ª Guiomar Namo de Mello
Em seguida, o público pode prestigiar Larissa Luna e Marcos Silva, que apresentaram um trecho do ballet (“Grand Pas de Deux”) “Dom Quixote”, coreografado por Marius Petipa e Alexander Gorsky, com música de Ludwig Minkus.
Bailarinos da Cia Paulista de Dança Adriana Assaf e com importantes premiações internacionais, Larissa e Marcos, interpretando Kitri e Basílio nesse clássico de reconhecimento mundial, encantaram com a arte, beleza e elegância de suas performances no ballet artístico.
Finalizando a programação do 1º dia do XVII Congresso APROFEM, o Dr. Rafael Cintra Guerra, neurologista infantil, ministrou a palestra “Desenvolvimento Infantil num mundo tecnológico”. Discutiu os principais pontos do neurodesenvolvimento da criança e adolescente, fazendo uma relação destes com os estímulos ambientais que elas estão recebendo, nos últimos tempos, e os possíveis impactos, inclusive a longo prazo.
Ressaltou a importância da interação "3D": palpável, olho a olho, de expressões faciais, com estímulos para o melhor desenvolvimento de crianças saudáveis. Ao final, propôs o questionamento “como fica o desenvolvimento das crianças e adolescentes num mundo tecnológico?”. Conhecendo as etapas de desenvolvimento e entendendo as tecnologias, a resposta é: vale o bom senso!
APROFEM