Informativos - 16/04/2024

Seminário APROFEM: “Promovendo o bem-estar e a inclusão no ambiente escolar”

 

A APROFEM realizou neste sábado, 13 de abril de 2024, o Seminário "Promovendo o bem-estar e a inclusão no ambiente escolar". O primeiro evento presencial do ano contou com palestrantes renomados que, dentro do seu âmbito de conhecimento e experiência, trouxeram uma perspectiva enriquecedora sobre esse tema tão vital: a saúde mental dos educandos.

Para iniciar os trabalhos do dia, o Dr. Hewdy Lobo Ribeiro, médico psiquiatra, apresentou a palestra "Bem-estar e saúde mental dos estudantes: prevenções, rastreios e encaminhamentos". Já em sua fala introdutória, trouxe um dado de atenção: metade dos problemas de saúde mental aparecem antes dos 14 anos. Daí a importância dos educadores que estão presentes no dia a dia das crianças e adolescentes, nessa faixa etária, e podem ser grandes aliados na prevenção, identificação e encaminhamentos devidos.

Dr. Hewdy também explicou que a principal diferença entre emoções normais e transtornos mentais é o sofrimento. As emoções, como a tristeza e a ansiedade, fazem parte de todo ser humano e podem se mostrar mais evidentes em determinadas épocas da vida. Já no transtorno mental, o sofrimento vai além: percebe-se uma angústia emocional significativa, que afeta a capacidade de funcionar de maneira saudável.

"Saúde mental é crucial para o desenvolvimento e bem-estar ao longo da vida" - Dr. Wendy L. Ribeiro

Outro ponto explanado nesta palestra foi sobre os fatores de risco e os fatores de proteção, tais como objetivos e vínculos escolares, participação em atividades sociais e comunitárias, relações familiares positivas e acesso a serviços e cuidados de saúde mental. Por fim, agregando ainda mais a essa palestra dinâmica e cheia de energia, o público pode prestigiar a participação especial de Renan Manoel, que emocionou interpretando músicas que se relacionavam com a temática.

Em seguida, a Dr.ª Merylucia Muniz Klauss e Silva, médica pós-graduada em psiquiatria da infância e adolescência, abordou "O papel da escola no TEA". Com ampla experiência nessa área, compartilhou com os participantes as principais características do TEA, a importância de identificar sinais precoces e quais direcionamentos possíveis, de forma a ajudar às famílias e os educadores na inclusão na escola e na sociedade.

Encerrando a manhã com muito movimento, o ator e arte-educador Albert Rodrigues animou o público, liderando um grupo de jovens em diferentes ritmos musicais, como o hip hop, o funk, o forró, o ballet e o tango. Reforçando o papel dos profissionais da educação como transformadores de vida, proporcionou esse momento de exploração da dança como uma expressão humana, do bem-estar, da educação integral e inclusiva.

No período da tarde, o Me. Fabrício Nogueira, filósofo e terapeuta, apresentou o tema “TDAH: uma abordagem sistêmica para educadores”. Em sua palestra, trouxe conhecimento a respeito dos instintos mais primitivos do nosso corpo, em como reprimimos as emoções, mas são justamente elas que provocam reações em nosso corpo, em busca de defesa ou segurança, nos preparando para "ataque, fuga ou paralisia" - e isso, muitas vezes, vai depender do que já carregamos geneticamente de nossos antepassados.

“A gente tem que começar a parar para perceber e escutar aquilo que a gente sente” - Me. Fabricio Nogueira

A partir disso, explicou como as emoções são superativadas nas crianças com TDAH. Destacou que as principais sensações que possuem são a de incapacidade, de solidão e de desvalorização, e por isso, o acolhimento dos educadores se faz de vital importância.

Sua narrativa, cheia de bom humor, trouxe conhecimento e uma nova perspectiva para lidar com crianças com TDAH, construída a partir das bases da neurociência, biologia, antropologia e sociologia.

A última palestra do dia, ministrada pelo músico e Prof. Me. Fábio Bergamini e pelo médico de família e terapeuta Prof. Dr. Caio Akaki Borges Moura, tratou sobre as infinitas possibilidades do som. Com diversos exemplos, desde casos de pacientes com doenças degenerativas até com crianças com TEA, apresentaram os benefícios do som para a saúde, como melhorias corporais, lateralidade, cognitivas, mentais e comportamentais.

Também trouxeram exemplos de atividades possíveis de fazer em sala de aula e explicaram as diferenças entre Musicoterapia, Soundhealing e Educação Musical.

Para encerrar, foi feita uma dinâmica utilizando a vibração da voz, para que todos os presentes pudessem sentir, na prática, os impactos do som.

Todas as atividades do dia foram realizadas de forma a possibilitar a reflexão sobre o bem-estar e a inclusão no ambiente escolar.

 

Agradecemos a todos os participantes!

APROFEM