(*) Manter-se atento e prudente; cuidar-se

Editorial Jornal APROFEM - Novembro/Dezembro 2020

A eleição do atual Prefeito para gerir a Capital no quadriênio 2021-2024 não se constitui em razão para vislumbrar-se uma expectativa de natural continuidade de ações, principalmente no que tange aos interesses dos servidores públicos municipais.

As eleições deste ano foram emblemáticas: na cidade de São Paulo, como de resto em quase todas as cidades brasileiras, a soma dos eleitores que não apareceram para votar com os que votaram branco/nulo revelou um quadro que extrapola a cautela com a pandemia e que deu partida para a intensificação das articulações políticas já com vistas às eleições gerais de 2022.

Essa conjuntura poderá afetar o quadro dos servidores públicos municipais e fez com que a APROFEM já se debruçasse sobre as estratégias que se afiguram eficazes para buscar defender os interesses dos seus filiados. Afinal, o Prefeito eleito é um ser político, cercado por um staff com as mesmas características, onde a decisão de movimentar uma simples agulha é precedida pela avaliação do ganho político/eleitoral presente ou futuro daquele ato.

E cada servidor consciente, ativo ou aposentado, não pode desconhecer que a tática de demonizar o agente público, estigmatizando-o injustamente como detentor de privilégios, é recorrente nos políticos insensíveis que buscam a simpatia (e o voto!) do restante da população ao publicizar essa postura.

Por isso tudo, e muito mais, para enfrentar desafios de âmbito federal (reformas e que tais) e municipal, não dimensionados inclusive pelas imprevisíveis decorrências da pandemia da COVID-19, é que se faz necessário o apoio dos servidores à APROFEM e/ou a outras entidades representativas, assegurando coesão, que reflete representatividade e que demonstrará aos governantes que estamos atentos, oferecendo nossos préstimos profissionais à população sem subserviência e exigindo o respeito e a valorização que nos é devida e, até aqui, sonegada.

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