Editorial Jornal APROFEM - Maio/Junho 2019
O povo brasileiro vivencia uma conjuntura inimaginável até para o observador mais pessimista:
- desarmonia entre os Poderes da República (evidenciada,em seu simbolismo, por um incomum anúncio de pacto entre eles), desvelando flagrante risco à estabilidade democrática;
- atuação atabalhoada em setores do Governo Federal, com destaque para o MEC, onde ainda nada de significativo se produziu em benefício da educação brasileira;
- em São Paulo, governantes que pautam a sua atuação no vislumbre de suas chances nas futuras eleições, secundarizando as necessidades prementes do povo (em especial, dos servidores públicos);
- o Presidente, não obstante o séquito de cidadãos que ainda declinam seu apoio e esperança nos seus atos, não consegue se desvencilhar do emaranhado de trapalhadas perpetradas por inspirador(es) das suas ações e por familiares. Não bastasse tudo isso, tem sido pródigo em emitir declarações confusas e de pouca credibilidade, ou até mesmo ofensivas à parcelas da população, invariavelmente "consertadas" pelo seu staff.
Recente declaração daquela autoridade revelou a iminência do anúncio de medidas que representariam aportes superiores aos pretendidos com a Reforma da Previdência (cerca de R$ 1 trilhão), o que, em se dando crédito, reforçariam nossos argumentos acerca da desnecessidade da implantação da Reforma, na amplitude e com os danos aos servidores públicos ali previstas. Incontinente, auxiliares encarregaram-se de relativizar a veracidade e o impacto do anunciado. E por aí vai ...
A APROFEM, consciente das suas responsabilidades e da confiança nos seus atos depositada por seu expressivo quadro de filiados, reafirma o seu compromisso de luta em defesa das conquistas de seus representados, com transparência e concisão. Coerente com os seus princípios de independência e apartidarismo, aspira para que nossos governantes reencontrem o caminho do seu compromisso institucional de servir à população e atua, ao largo de opções ideológicas e/ou partidárias, embora respeitando as convicções de cada seu representado.